Contato extraordinário do papa João XXIII
Contato extraordinário do papa João XXIII
01.11.13 - 19h56
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O papa João XXIII e seu secretário particular, monsenhor Loris Francesco Capovilla, caminhando no jardim de Castel Gandolfo, onde ocorreu o contato inesperado.
Por Pedro de Campos
Indaga-se com frequência: Como interpretar a presciência de João XXIII sobre os UFOs? E seu contato com um ser alienígena confirmado por seu antigo secretário particular? Como entender que uma civilização de outro Sistema Solar, gente física como nós, tendo que viajar a uma velocidade tão alta, incompatível com a manutenção da vida, e por milhares de anos além de seu ciclo vital, possa vir à Terra, fazer contato pessoal e voltar incólume ao seu sistema de origem? Como entender esse ET de forma racional? Acaso seria o contato apenas um desequilíbrio do contatado? Como interpretar os relatos sobre encontros com seres sólidos de planetas do nosso Sistema Solar? Haveria uma transmutação insólita dessas entidades? O que fala a Doutrina Espírita sobre esse tipo de vida? Quanto a nós, na condição de ufólogo e espírita, estas questões foram alvos de profunda reflexão. Vamos dar aqui alguns eventos ufológicos fantásticos e sua interpretação segundo os postulados espíritas.
Pelo interesse despertado em religiosos de várias vertentes cristãs, vamos aqui abrir o nosso Arquivo extraterreno para examinar um caso intrigante, que teria ocorrido em 1961 com o papa João XXIII. Não há dúvida, segundo o testemunho de um de seus assistentes, de que esse pontífice fizera contato com entidade de outra civilização do cosmos.
O Santo Padre, um espírito elevado, figura humana cheia de bondade fraterna para com todos, religioso simpático que exibia sempre um sorriso franco no rosto e um comportamento simples e contagiante, foi aclamado pela cristandade como sendo o “Bom Papa”; e de modo intrigante, conforme se observa nos relatos sobre a sua vida, Ângelo Roncalli recebera mensagem dos filhos de Deus de outras Terras; tivera ele, segundo testemunho confiável, avistamento de naves seguido de contato pessoal com entidade alienígena.
O escritor italiano Pier Carpi, em seu livro Le profezie di papa Giovanni [Mediterranee, 1976], revela a experiência de Roncalli, escrita por ele mesmo enquanto delegado apostólico na Turquia e na Grécia. O autor dá conta de que corria o ano de 1935, e monsenhor Roncalli trabalhava intensamente destacando-se por sua extrema habilidade em dialogar com religiosos de outros seguimentos doutrinários. Por ocasião de uma visita sua a um templo Rosacruz, ele começou a verberar locuções de modo espontâneo, e como se estivesse em profunda reflexão, acessando camadas insondáveis da mente, de modo invulgar teria profetizado o encontro do homem com outra civilização do cosmos.
“Os sinais serão sempre mais numerosos: luzes no céu vermelhas, azuis, verdes; velozes... E crescerão. Alguém vem de longe e deseja encontrar os homens da Terra. Os encontros já ocorreram, mas quem os viu, verdadeiramente se calou”.
Não há dúvida de que profetizara a casuística ufológica que marcaria a chamada Era Moderna dos UFOs. E, ressalte-se, acertou em cheio, pois as suas palavras foram confirmadas na década seguinte, em 24 de junho de 1947, por Kenneth Arnold, piloto norte-americano, e por muitas testemunhas de outras ocorrências. A Força Aérea dos Estados Unidos classificou os avistamentos como objetos voadores não identificados – UFOs, registrando-os no conhecido Projeto Blue Book.
Roncalli fizera sua profecia em 1935, mas, por certo, não esperava que ele mesmo, em 1961, após o início da Era Moderna dos UFOs, seria protagonista de um encontro com outra civilização do cosmos. Mas, curiosamente, de modo incógnito, o contato papal acabaria ficando em silêncio – o Santo Padre calou-se, tal como profetizara sobre os contatos de outras pessoas: “Os encontros já ocorreram, mas quem os viu, verdadeiramente se calou”.
João XXIII desencarnou em 03 de junho de 1963. Somente anos mais tarde seu silêncio seria rompido por uma testemunha ocular daquele encontro, Loris Francesco Capovilla.
Vazamento do contato e providências da Igreja
Cerca de 20 anos depois do contato papal, em julho de 1985, o jornal inglês The Sun publicou o fato intrigante, dando conta de que o papa tivera um contato inesperado com entidade extraterrestre. E o artigo causaria um verdadeiro alvoroço no meio eclesiástico.
Revendo um pouco a história de João XXIII, após a sua morte, os cristãos italianos e outros de várias partes do mundo davam ao espírito do Bom Papa a autoria de várias curas espirituais. E o artigo do The Sun, ao informar que o sumo pontífice fizera contato com outra civilização do cosmos, obrigou os clérigos do Vaticano, sabedores do caso, a pensarem seriamente no desenrolar do assunto junto aos católicos de todo o mundo.
No interno da Igreja, dois anos antes da morte do papa, falava-se que o contato tivera lugar em 1961, nos jardins do Palácio Pontifício, residência papal em Castel Gandolfo, província de Roma, região do Lácio, Itália. E o jornal inglês num furo de reportagem estampou em manchete o testemunho do antigo secretário do papa, que contava: “A nave tinha forma oval e luzes intermitentes, azul e âmbar. Pareceu sobrevoar as nossas cabeças, depois aterrou sobre a grama, no lado sul do jardim”.
O relato do The Sun dava conta de que um estranho ser saíra da nave: “Parecia um humano, a exceção de que estava rodeado de uma luz dourada e tinha orelhas alongadas”.
Pelo testemunho um tanto velado a transpirar do jornal e por ser, certamente, uma experiência incomum, o relato passou relativamente desacreditado do público, mas no interior do Vaticano algumas providências seriam notadas – a vida extraterrestre passou a ser estudada cientificamente e verificaram-se alterações substanciais nas atividades do Observatório do Vaticano.
Ressalta-se que esse Observatório já era muito antigo, fora fundado em 1572, pelo papa Gregório XIII, e em 1939 foi levado por Pio XI à localidade de Castel Gandolfo, residência de verão do Sumo Pontífice. Ali, recebeu novos instrumentos e um departamento de Astrofísica foi criado para estudo da estrutura e evolução da Via Láctea. Mas a experiência de João XXIII, em 1961, causou uma reviravolta nos estudos: uma grande quantidade de clérigos ligou-se às ciências astronômicas e passou a estudar a questão alienígena.
Em 1985, com o vazamento do contato alien para o jornal inglês e para outro norte-americano, o estudo da vida extraterrestre ganhou nova importância nos círculos mais íntimos da Santa Sé. Afinal, a Igreja que no passado catequizara, talvez, agora, estivesse prestes a ser catequizada por outra civilização, pois todos sabem que a força de uma cultura mais adiantada se impõe sobre a que lhe seja inferior. O contato ET do papa fora surpreendente e exigia novos estudos e novas posturas da Igreja.
Pensou-se seriamente numa segunda frente de investigações, desta vez fora da Itália. O local mais sugestivo parecia estar nos Estados Unidos. De fato, em 1981, fundou-se em Tucson o Grupo de Pesquisa do Observatório do Vaticano. E em 1993, com a colaboração da Universidade do Arizona, concluiu-se a construção do Telescópio de Tecnologia Avançada do Vaticano, no Monte Graham, deserto do Arizona. Este local fora considerado um dos melhores do mundo para visibilidade astronômica e, curiosamente, era o ponto em que a nação dos Apaches teria feito contato com a chamada Civilização das Estrelas, que ali reaparecia com certa frequência, segundo diziam.
A construção do Telescópio em Monte Graham foi uma verdadeira luta para a Igreja. Os Apaches afirmavam que o Observatório era uma afronta aos espíritos da montanha; os ambientalistas, por sua vez, davam-no como séria ameaça a uma subespécie de esquilo vermelho, própria do local. Superados os protestos e as ameaças de sabotagem, o Telescópio entrou em operação em 1995 e firmou-se como a peça mais importante nas investigações científicas da Igreja.
Não foi à toa que o saudoso monsenhor Corrado Balducci, conceituado teólogo italiano e o mais famoso exorcista da Igreja, impressionado com a experiência papal decidiu entrar a fundo no estudo do fenômeno UFO. Nos últimos anos de sua vida, Balducci ofertou importantes contribuições de caráter teológico e filosófico para a Igreja interpretar a existência de outras formas de vida no universo. Suas afirmações constituíram ponto fundamental para religiosos de todas as ordens, inclusive para o jesuíta José Gabriel Funes, atual diretor do Observatório do Vaticano, fazerem ligações das Escrituras com os fenômenos ufológicos.
Funes é hoje um padre jesuíta maduro, beirando a casa dos 50 anos, nascido em Córdoba, Argentina, e há alguns anos diretor daquele Observatório. Licenciado em astronomia, sempre deixou claro ser um estudioso da exobiologia. Numa entrevista sua, dada em 2008 ao Osservatore Romano (periódico oficial do Vaticano), alertou os católicos sobre a questão alienígena, dizendo: “Deus poderia ter criado vida inteligente em outras partes do universo e, se assim for, ‘eles’ seriam os nossos irmãos de outras Terras”.
Em dias recentes, durante uma semana especial de estudos organizada pela instituição astronômica que dirige, Funes avançou mais em suas ideias e declarou: “Embora a astrobiologia seja campo novo e tema em franco desenvolvimento, as questões relativas à origem da vida e sua existência em outras partes do cosmos são muito interessantes e merecem sérias considerações. São assuntos de implicações filosóficas, associados à teologia. Não reconhecer a existência de outras espécies inteligentes no universo seria menosprezar a capacidade criativa de Deus”.
Tais palavras, vindas de um proeminente científico da Igreja como ele, mostram o interesse do Vaticano na questão extraterrestre. Sua posição, altamente considerada por padres de todo o mundo, foi no sentido de não se colocar mais o homem como centro da criação universal, porque o impacto poderia ser contrário. Segundo especialistas do Vaticano, um contato formal com extraterrestres não estaria distante, seja pessoal, com astronave, ou à distância, por instrumentos.
Testemunho de monsenhor Capovilla
Justificando as iniciativas astronômicas da Santa Sé, cujo intuito fora entender o universo em suas várias facetas e a sugestiva vida extraterrestre no cosmos, destaca-se o que teria transpirado de monsenhor Capovilla, ex-secretário pessoal do papa João XXIII, pessoa que testemunhara junto ao pontífice o inusitado encontro alienígena.
Somente meio século depois, o notável religioso, então já ancião, em uma reunião com os membros de sua cúria, teria contado sua história invulgar, repercutida em várias partes. Os relatos são procedentes do italiano Alessandro Zavattero, chegados a nós, e a corroboração do cubano Santiago Aranegui, professor de arquitetura da Maimi Dade College e fundador da Rosacruz Lodge de Miami, organização fraternal dedicada ao estudo dos mistérios da vida e do universo, que repercutiu o caso no programa Tribuna Virtual, ao repórter mexicano Jahanan Díaz. Traduzimos aqui a narrativa original italiana:
“Caminhávamos. Tínhamos o lago a poucos passos de distância e o silêncio de uma das vilas mais bonitas da Itália. Caminhávamos assim como tínhamos feito mil vezes naquelas belas tardes de verão, lado a lado, como dois amigos, como pessoas comuns que querem espairecer e ficar longe da rotina diária. Era julho, um findar de tarde de julho de 1961, quando aconteceu... Nós as tivemos sobre as nossas cabeças: Luzes! Eram luzes coloridas – azul, laranja, âmbar. E então..., e então aconteceu o imponderável, o impossível. É ainda difícil de contar o inconcebível, assim de um só fôlego. As luzes são astronaves! As astronaves são discos espaciais no céu azul de uma tarde comum, em Castel Gandolfo; depois, elas se movem silenciosamente, ficam à frente, de modo inconfundível e por alguns minutos, daquelas duas figuras que caminham lado a lado como pessoas comuns. Após o contato visual, uma astronave se separa do rebanho, paira no alto e, em seguida, aterrissa no lado sul do jardim. A porta traseira da nave se abre e para fora da cabine sobressai algo – é absolutamente humano! Apenas se destaca uma luz ao seu entorno; uma luz que o envolve por completo. Caímos os dois de joelhos. Depois, o papa se levantou e, sem hesitar, foi em direção ao Homem, rumo àquele ser absolutamente humano, mas envolto em uma luz tênue, delicada, penetrante. Falaram por cerca de 20 minutos, mas não me era possível ouvir as vozes – não ouvi nada, embora eles falassem, gesticulando por 20 minutos, por mil e duzentos intermináveis segundos. Depois o Homem deu as costas e voltou para onde havia chegado. O papa olhou para mim e chorou, numa cena que lembra hoje a fantasia romântica de ficção. No entanto, cerca de 20 anos depois, o jornal estampou o caso, atribuindo o relato a mim, secretário pessoal de Ângelo Giuseppe Roncalli – papa João XXIII. Durante anos Roncalli guardou para si a memória daquela tarde, e eu respeitei o seu silêncio. Falaram-se, mas não me pediram para aproximar. Foi só isso. Jamais pude esquecer as palavras de Sua Santidade, quando o Homem afastou-se e desapareceu com sua astronave: ‘Os Filhos de Deus estão por toda parte, e algumas vezes temos dificuldade em reconhecer os nossos próprios irmãos’. Hoje, 50 anos depois, a recordação daquela estranha tarde volta com todo seu mistério, trazendo nestes tempos dúvidas e perplexidades, mas também a esperança de encontrar aquilo que por anos estive procurando – a prova inequívoca da existência de civilizações alienígenas.
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