ÓVNIS NO BRASIL : o que foi a Operação Prato em plena amazônia!!

Óvnis no Brasil: o que foi a Operação Prato, investigação da ditadura sobre fenômenos ufológicos

https://www.youtube.com/watch?v=gUrxu2p8evM

  • André Bernardo
  • Do Rio de Janeiro para a BBC Brasil
Imagem do ovni avistado no Pará nos anos 1970

CRÉDITO,ACERVO EDISON BOAVENTURA JUNIOR

Legenda da foto,

Operação Prato investigou ovnis no Pará nos anos 1970

Naquele 5 de dezembro de 1977, o capitão da Aeronáutica Uyrangê de Hollanda Lima estava ansioso. Afinal, ele tinha mais uma reunião com o brigadeiro Protásio Lopes de Oliveira, comandante do 1º Comando Aéreo Regional (Comar 1), de Belém. Pela primeira vez desde que começara a investigar a suposta aparição de discos voadores na região do Pará, o capitão Hollanda teria o que relatar aos seus superiores.

Nas ocasiões anteriores, sempre que alguém lhe perguntava se tinha visto algo estranho, limitava-se a dizer: "Vi luzes. Nada mais". Daquela vez, porém, o capitão Hollanda e o sargento João Flávio Costa tinham avistado, poucos dias antes, um "troço enorme", de cerca de 100 metros de comprimento, sobrevoando o rio Guajará-Mirim.

Distante 70 metros da embarcação onde estavam, o tal objeto, no formato de uma bola de futebol americano, "grande e pontuda", tinha sido fotografado e filmado pelos militares. Não havia mais dúvida: era um objeto voador não identificado (ovni). E, no interior dele, supostamente haveria uma "criatura extraterrestre".

Na hora da reunião, o brigadeiro Protásio não compartilhou do entusiasmo do capitão Hollanda. Pelo contrário. Depois de ouvir atentamente a história, mandou suspender a operação. Sua decisão, até hoje, intriga ufólogos.

"Infelizmente, todos os militares que participaram da Operação Prato já morreram. O último, aliás, foi o capitão Hollanda", lamenta o jornalista e ufólogo Ademar José Gevaerd, editor da revista UFO. "A Aeronáutica afirma que todas as informações relativas à Operação Prato já foram disponibilizadas, mas não acredito nisso", afirma.

Reportagem de 'O Estado do Pará'

CRÉDITO,ACERVO DE CARLOS MENDES

Legenda da foto,

Reportagem de 'O Estado do Pará'; operação produziu acervo de milhares de documentos, fotos e vídeos

Em casa, o coronel reformado contou detalhes da operação. Voltou a relatar os seus muitos avistamentos, admitiu que teve medo de ser abduzido e revelou que a investigação foi amplamente documentada. Só de fotografias havia mais de 500. Isso sem falar das 16 horas de filmagens (nos formatos Super-8 e Super-16) e de um calhamaço de 2 mil páginas de relatórios.



"Aquele monstro azul, embora tivesse um brilho muito forte, podia ser olhado diretamente sem que ardessem as vistas", declarou à revista UFO.

Dois meses depois de conceder a bombástica entrevista, o coronel Hollanda tirou a própria vida, enforcando-se no quarto de casa com a corda do roupão. Houve quem especulasse que ele teria sido assassinado por revelar informações sigilosas e colocar a segurança nacional em risco. Ou, ainda, quem assegurasse que Hollanda não morreu: apenas mudou de identidade e deixou o país.

Gevaerd rebate essas versões. "Não acredito em queima de arquivo ou teoria da conspiração. Ele já havia tentado o suicídio antes", diz.

FOTOS E RASCUNHOS ORIGINAIS DOS OBJETOS, disponíveis nos arquivos da BIBLIOTECA NACIONAL , feitos pelos oficiais em operação na amazônia:












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