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Caso Varginha: ufólogo diz que existem dois vídeos dos ETs
Em janeiro de 1996, no município de Varginha, no sul de Minas Gerais, três garotas disseram ter avistado um ser de outro planeta: a entidade que ficou conhecida posteriormente como ET de Varginha. O caso se tornou extremamente popular entre ufólogos de todo o mundo e virou parte da cultura popular do Brasil e, agora, novas informações sugerem que existem dois vídeos e fotos reais do suposto extraterrestre. O material, porém, estaria escondido.
No dia 17 de outubro de 2022, o cineasta norte-americano James Fox lançou Moment of Contact, um documentário que aborda detalhadamente a história do incidente que parou o Brasil nos anos 90. O documentarista entrevistou diversas testemunhas, incluindo militares, médicos, civis e pesquisadores que participaram de alguma forma do caso. A produção foi realizada em parceria com o pesquisador e ufólogo brasileiro Marco Aurélio Leal.
Apesar de a parte mais conhecida do caso ser o avistamento das três meninas, Liliane de Fátima Silva, Valquíria Aparecida Silva e Kátia Andrade Xavier, os pesquisadores e testemunhas da época afirmam que ocorreram diversos outros fatos nos dias seguintes e anteriores. Os ufólogos Ubirajara Rodrigues, Vitório Pacaccini e Claudeir Covo foram os principais pesquisadores na ocasião, auxiliados por dezenas de outros ufólogos.
A queda do OVNI
Pouco antes de as meninas avistarem o suposto extraterrestre, o casal Oralina de Freitas e Eurico de Freitas avistou um OVNI (Objeto Voador Não Identificado) durante a madrugada.
Eles descrevem que ouviram um som do lado de fora de casa, às margens da BR-491, que perturbou os animais e os acordou. Ao sair na janela, Oralina afirma que viu um objeto cinza em um formato de charuto e com tamanho de um microônibus, aparentemente, soltando uma fumaça branca como se estivesse quebrado. Então, ela chamou o marido e eles ficaram observando o OVNI por 40 minutos, que parecia estar caindo lentamente.
Carlos de Souza, outra testemunha entrevistada na época, afirma ter dirigido até o local da queda. No documentário, ele afirma que viu os destroços da suposta nave, mas foi obrigado a ir embora por militares que chegaram no local.
A primeira captura
Apesar de muitas pessoas só conhecerem a criatura avistada pelas meninas, a extensa pesquisa do advogado, professor e ufólogo Ubirajara Rodrigues, aponta que teria ocorrido uma primeira captura na manhã do mesmo dia.
A pesquisa sugere que o Corpo de Bombeiros foi chamado para capturar um estranho animal avistado na região. Ao chegarem ao local, os bombeiros supostamente capturaram a criatura que, posteriormente, ficou conhecida como ET de Varginha — eles usaram uma rede para realizar a captura. Essa teria sido a primeira de duas criaturas capturadas.
O avistamento
No dia 20 de janeiro de 1996, às 15h30, as irmãs Liliane de Fátima Silva e Valquíria Aparecida Silva, em companhia da amiga Kátia Andrade Xavier, avistaram uma criatura estranha em um terreno baldio próximo da residência delas.
Ao usar um terreno baldio para fazer um atalho no caminho de volta para casa, Liliane foi a primeira a avistar a criatura, que parecia estar agachada. Ao olhar para o estranho ser encostado no muro do terreno, ela gritou e, então, Valquíria e Kátia avistaram o suposto ET. Ambas afirmam que, após o grito, o extraterrestre virou o rosto na direção delas e, assim, as três começaram a correr para casa.
"Não era um humano que a gente viu, sinceramente, não era um bicho também. Assim, hoje em dia, eu acho sim que é um ser de outro planeta", disse Liliane Silva quase 30 anos após o acontecimento.
Descrição do ET de varginha:
- As mulheres afirmam que o ET era pequeno como uma criança;
- A pele aparentava ter uma viscosidade estranha, como se houvesse óleo ou algum tipo de silicone no corpo da criatura;
- Os olhos eram vermelhos, não aparentavam ter pupilas e pareciam ser cerca de três vezes maiores que os olhos de uma pessoa normal;
- A cabeça era muito maior e tinha três protuberâncias, quase como chifres;
- A criatura exalava um cheiro de amônia e enxofre.
Alguns minutos após o avistamento, a mãe das meninas retornou ao local em companhia de Kátia e observou uma pegada da criatura. Ela afirma que continuou sentindo o cheiro de enxofre mesmo alguns dias após a ocasião.
Algumas das descrições acima também foram descritas por outras testemunhas no documentário, como supostos militares que preferiram não se identificar.
A segunda captura
Cerca de três horas após o avistamento das meninas, o policial militar Marco Eli Chereze, em companhia do cabo Erick Lopes, supostamente capturou a criatura a poucos metros de distância do terreno baldio. Alguns dias depois, o militar morreu por uma causa misteriosa.
Segundo uma das irmãs de Chereze, poucos dias antes do seu falecimento, ele confirmou que participou de uma operação secreta naquele mesmo dia e que essa história “ainda iria dar muito pano para manga”.
Erick Lopes não comenta sobre o caso desde o acontecimento — em uma cena do documentário em que o diretor vai à casa dele, o ex-policial ameaça expulsar a equipe do cineasta “na bala (sic)”.
A Morte de Marco Eli Chereze
Até hoje, um dos fatos mais estranhos é a morte do policial Marco Eli Chereze, que, supostamente, capturou uma criatura e a levou para o hospital da cidade. Segundo familiares de Chereze e outras testemunhas próximas do caso, ele faleceu após uma infecção generalizada causada pelo contato com o extraterrestre.
No longa-metragem, Cesário Lincoln Furtado, o médico cardiologista que cuidou de Chereze, diz que realizou todos os tratamentos possíveis. Contudo, o policial acabou falecendo de uma causa não identificada pelos exames da época.
Marta Tavares, irmã de Marco Eli Chereze, afirma que o exame de morte do irmão aponta que a causa foi "septicemia aguda" por substâncias tóxicas encontradas em seu organismo. Ela continua lutando para entender e provar que a morte de Chereze está associada à suposta captura da criatura.
“Eu sabia que ele havia participado da operação. Mas o que eu não sabia era que ele havia morrido em razão dela. Hoje eu acredito que pode ter ocorrido um contato físico direto entre meu irmão e a criatura, durante o qual ele adquiriu algum tipo de bactéria ou infecção”, disse Marta em entrevista à revista UFO.
O cirurgião e ufólogo norte-americano Roger Leir fez uma série de entrevistas no Brasil no início dos anos 2000, quando pesquisava sobre o caso. Em um dos vídeos apresentado no novo documentário, Leir questiona Valéria Chereze, a viúva de Marco, sobre o caso e ela diz que, na época, os médicos não sabiam explicar a morte do seu marido e que toda a situação parecia muito estranha.
Sucessão de eventos
As investigações dos pesquisadores e ufólogos apontam que, supostamente, após a captura das duas criaturas, os militares as levaram em caminhões ao Hospital Regional do Sul de Minas e depois ao Hospital Humanitas. De lá, elas foram enviadas para a base militar da ESA (Escola de Sargentos das Armas), em Três Corações, a cerca de 30 quilômetros de Varginha.
Após passar uma noite na ESA, as criaturas foram supostamente enviadas para a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), em Campinas. Um militar não identificado disse que cientistas brasileiros estudaram os seres, mas que eles foram entregues a militares dos Estados Unidos logo em seguida.
No documentário, o controlador de tráfego José Manoel Fernandes, da Força Aérea Brasileira, afirma que, na mesma época, um avião da USAF (Força Aérea dos Estados Unidos) pousou no Aeroporto de Campinas. Ele afirma que os americanos pousaram sem autorização, em um tipo de missão secreta, e foram embora logo após recolherem algo.
Vídeos e fotos do ET
Durante o documentário, um militar não identificado afirma que viu um dos extraterrestres em uma caixa de metal durante a operação em que ele trabalhou, e que existem vídeos do famoso ET de Varginha.
Alguns dias após o lançamento de Moment of Contact, o engenheiro e ufólogo Vitório Pacaccini, um dos principais investigadores do caso, retornou à ativa após passar mais de uma década desaparecido — até mesmo pessoas próximas não conseguiam localizá-lo. Foi descoberto que o pesquisador foi embora do Brasil há alguns anos, após sofrer represálias e por outros motivos pessoais.
Em uma entrevista realizada por outros ufólogos, Pacaccini afirma que viu o primeiro vídeo da criatura em 2012, ao ser abordado por pessoas que supostamente trabalharam na operação. Na mesma entrevista, o pesquisador disse que existe outro vídeo e fotos que apresentam o ET de Varginha em “carne e osso”.
Informações sobre os vídeos:
- Segundo Pacaccini, o vídeo que ele assistiu está no Brasil e possui cerca de 35 segundos. Supostamente, a filmagem apresenta o corpo de uma criatura viva, mas quase morrendo;
- O pesquisador não quis dar detalhes sobre o segundo vídeo, pois disse que não quer prejudicar as testemunhas que o possuem. Contudo, ele afirma que esse vídeo está muito bem guardado fora do Brasil;
- Pacaccini e James Fox estão negociando com os detentores de um dos supostos vídeos. A intenção é divulgar o vídeo e mostrar o ET de Varginha para o mundo - possivelmente, em uma reportagem de um grande jornal, como o The New York Times.
De qualquer forma, é importante destacar que as informações obtidas pelos pesquisadores e ufólogos são de uma pesquisa não oficial, ou seja, não existe confirmação da maioria das informações citadas. Por enquanto, a história continua sendo um mistério para alguns e uma piada para outros.
Na época, uma das explicações oficiais afirmou que o ET era, na verdade, o ‘mudinho’, uma pessoa com necessidades especiais que morava em Varginha, mas as meninas negaram essa versão e disseram que o ‘mudinho’ já era conhecido na cidade. Em relação ao tumulto nos hospitais, em entrevista oficial, os militares afirmaram que os supostos ETs foram confundidos com um casal de anões que morava na cidade.
“Nós deslocamos dois caminhões até Varginha para que fizéssemos a manutenção prevista. Em virtude disso, aí no desenrolar de toda a história houve uma série de coincidências de fato. Havia no Hospital de Varginha um casal de anões, onde a senhora estava grávida para ganhar o neném. Isso coincide com o fato de a ESA ter pegado essa criatura, ter colocado no caminhão e levado para o Hospital de Varginha”, disse o Major Calza em entrevista ao Discovery Channel.
Oficialmente, os militares continuam a afirmar que viajaram para Varginha no dia 20 de janeiro de 1996, sábado, para realizar a manutenção de caminhões da ESA. Contudo, segundo pesquisador Ubirajara Rodrigues, a mecânica da ESA não estava aberta naquele dia.
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